Rudyard Kipling 
A marca da Besta 

Fleete é um homem grande e amável que herdou algumas propriedades de um tio, na Índia. Ao viajar para terras indianas, a fim de tomar conta de suas novas posses, acaba ficando bêbado num jantar de véspera de Ano-Novo e apaga um charuto na imagem de Hanuman, um dos deuses do hinduísmo. Fleete começa, então, a ter mudanças de comportamento muito estranhas, como se estivesse se tornando um animal. Nunca se sabe o que pode acontecer quando se profanam deuses… Ele fez o que queria com Hanuman, mas o que Hanuman reservava para ele?
Com apresentação de Luiz Antonio Aguiar, este conto faz parte do livro Góticos II: Lúgubres mistérios – Contos clássicos, segundo volume da Coleção Góticos.

Circa l’autore

Nascido em Bombaim, na Índia britânica, Joseph Rudyard Kipling (1865-1936) emblematiza como nenhum outro autor esse modo inglês de se conservar britânico, mesmo nos cenários mais remotos (em relação a Londres); ou seja, de manter sobre as demais culturas, principalmente as colônias abaixo do Equador, um estranhamento, certa suspeita, um olhar ao mesmo tempo fascinado e irônico diante do que considera exótico, quase irreal.