Ziracélia & André Luis Oliveira 
Histórias Sonoras 
O Escutar da Memória

Escrito em versos livres, ‘Histórias sonoras (O escutar da memória)’ é um delicioso e delicado texto, no qual as mais simples experiências do cotidiano são retratadas de forma poética, e as lembranças guardadas ajudam a manter vivas as histórias e as pessoas. São histórias de uma infância, como o autor André Luís Oliveira descreve, ‘sem muitos ‘ruídos’, além daqueles vindos das ondas de um rádio; tempos de regozijo e contemplação, quando dava para escutar a terra fazer respiração’.

เกี่ยวกับผู้แต่ง

ZIRACELIA O nome Ziracélia vem da infância e da adolescência, das coisas do dia a dia, do jeito prazeroso dos chamados que ouvia: ‘Ziracélia, vamos brincar?’; ‘Ziracélia, a vovó chegou!’; ‘Ziracélia, presente da tia Lélia!’. No entanto, é da adolescência a boa melodia, em cartas e bilhetes, quando lia: ‘Ziracélia, querida amiga’; ‘Ziracélia, minha querida’. Assim, o sentimento gostoso desse chamamento para me apresentar. Os sons repercutiam as vozes carinhosas de quem as escrevia. Naquela época, em envelopes de correio e documentos, Alzira Célia Camargo Soares era o
nome que aparecia. Hoje, vovó Zirinha precisa explicar o nome modificado: Alzira Célia Soares Sene. Vozes atuais de Bartira, de Mariama, de Julia, de Lucas reforçam o chamado carinhoso das mães, Patrícia e Fabiana, com variações: ora (vovó) Zirinha, ora (só) Ziracélia. Dedicadíssimas a eles, as sonoras lembranças, com escrita amorosa da Alzira Célia.

ANDRÉ LUÍS OLIVEIRA Nasci e moro em Ribeirão Preto. Sou professor e psicopedagogo do colégio Pequeno Príncipe, onde também atuo como diretor. Escutando a memória de uma infância, vivida parte dela em uma fazenda em Minas, revisitei o silêncio, ponto de partida de várias histórias, algumas contadas pelo meu vô vaqueiro, nos alpendres e currais, outras pela minha avó, entre o tricô e o crochê, e sons passarais, o automóvel ofertando pamonha em seus alto-falantes… Convidamos os leitores para usufruir de um tempo poderoso de escuta, fruto de uma infância sem muitos ‘ruídos’, além daqueles vindos das ondas de um rádio; tempos de regozijo e contemplação, quando dava para escutar a terra fazer respiração.