Pedro Duque 
Vazios poéticos 

Nunca tive a melhor relação do mundo com a leitura, não era o melhor na grafia ou gramática, mas a poesia sempre teve um lugar especial dentro de mim. Ainda não entendia como, mas foi em 2020 que, durante uma noite de sono, um texto veio à minha mente. Palavras que jamais havia visto antes reunidas de tal maneira. Rapidamente acordo, anoto e volto a dormir. Nascia assim o inacabado, meu primeiro poema: curto, mas com tanta profundidade que despertou algo em mim. Meses se passaram e, em conversa com um peguete, contei do poema e, juntos, escrevemos mais um.
Desde aquele dia, a poesia tomou conta de mim. Pensamentos, ideias e frases surgem em diferentes contextos e praticamente se escrevem sozinhas no bloco de notas do meu celular. Muitos guardei comigo, mas alguns são compartilhados por meio das redes, afinal são pequenas partes de mim que, feito folhas, se desprendem do tronco ao serem tocadas pelo vento.
Este compilado reúne poemas que escrevi ao longo dos anos de 2020, 2021 e 2022. Com este livro, decidi compartilhar com todos vocês. Nesta edição, o projeto dos vazios poéticos, que surgiu como uma necessidade de respiro em meio ao imagético, ganha um toque de arte e carinho com o convite a alguns amigos artistas para ilustrarem meus poemas. Não é porque são vazios que não merecem ser preenchidos com quem a gente ama, né?

Про автора

Pedro Duque é carioca por natureza, boêmio por paixão, designer por profissão e poeta por destino. Com anos de trabalho no campo da moda, descobriu, por meio da poesia, sua verdadeira forma de expressão. Em seu perfil do Instagram, o autor começou a publicar seus textos em um projeto intitulado de Vazio Poético, um local em que a imagem não possui tanta importância, mas o texto e os sentimento são os maiores protagonistas.
Vazios Poéticos é seu primeiro livro e reúne uma seleção, em ordem cronológica, de poemas que o marcaram durante os anos de 2020 a 2022. A poesia, para Pedro, é um lugar de encontro consigo mesmo, são partes de si que se desprendem do corpo e ganham as linhas, telas, páginas, o mundo.